Gay friendly: três dicas para o seu negócio atrair o público LGBT
Consultoria B-Side orienta empresas a praticarem marketing fora do armário
O mercado LGBT está em expansão no Brasil. Censo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Cultura GLS Planet aponta que 10% dos brasileiros declaram-se homossexuais – o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas -, 83% provenientes das classes A e B. “É um grupo potencial, com alto poder aquisitivo e demandas específicas. A estratégia de marketing de uma empresa precisa estar alinhada com este segmento para atraí-lo”, afirma Robinson Társis, sócio-fundador da consultoria B-Side (www.bsidecoaching.com) juntamente com Heitor Garcia e Marco Benedicto.
A B-Side é especialista no que vem sendo chamado de “marketing fora do armário”, orientando empreendedores a repensarem a abordagem de suas empresas a fim de estenderem suas ações aos homossexuais e simpatizantes. “Com algumas práticas é possível cativar o público LGBT, não necessariamente voltando-se exclusivamente a esse nicho. Se posicionar como gay friendly não significa afastar os heterossexuais”, salienta Társis. Para adotar esse posicionamento, a consultoria formulou três dicas:
1. Desvendando o universo LGBT
O segmento não é homogêneo e, portanto, cada um de seus subgrupos possui anseios distintos. “Há os que são antenados com a moda, descolados, assim como aqueles que não ligam para a aparência. Tem os mais exagerados e os discretos, os sarados e os gordinhos, e por aí vai”, comenta o consultor. Mantenha-se atualizado com pesquisas sobre o mercado LGBT para desenvolver estratégias específicas.
2. A mensagem vem de dentro para fora
Comunicações interna e externa devem estar alinhadas. Em peças publicitárias, o segmento LGBT pode ser representado, por exemplo, por casais homossexuais como protagonistas. Segundo pesquisa realizada pela consultoria, 76% do público gay masculino valoriza e dá prioridade a marcas que não demonstram medo de ousar nas publicidades. “Mas de nada valerá o investimento em campanhas de divulgação se a empresa efetivamente não apresentar apoio à diversidade”, orienta Társis. Assim, um bom começo é criar grupos de discussões e ações sobre o tema entre os funcionários.
3.Muito mais do que vender
Pesquisas apontam que o público LGBT é composto por consumidores exigentes, fiéis à marca e que gastam até 30% a mais em bens de consumo. Portanto, um bom atendimento e ações de fidelização e pós-venda são valorizados. “A apresentação do produto é ainda mais importante para esses clientes”, diz o consultor.
A B-Side tem o objetivo de tornar gay friendlies mais de 20 marcas brasileiras até o fim de 2015, atendendo tanto a empresas já estabelecidas quanto a novas que visem os homossexuais como potenciais clientes. “Oferecemos desde análises de viabilidade do projeto até treinamentos de equipe, passando por toda a estratégia de marketing do negócio”, conta Társis. Com isso, ele, Heitor e Marco pretendem alcançar faturamento de R$ 1 milhão já no próximo ano.
Sobre a B-Side:
Consultoria empresarial especializada no mercado LGBT que atende a companhias de todos os portes e segmentos, tanto novas quanto já consolidadas. Oferece pesquisas de mercado, treinamento de equipes, palestras e educação corporativa, desenvolvimento de plano de negócios e de marketing especializados, além de soluções em relações públicas, gestão de eventos e patrocínio. Fundada por Heitor Garcia, Marco Benedicto e Robinson Társis. www.bsidecoaching.com. Tel: (11) 2186-0465.