Alpinistas industriais certificados ainda são minoria na indústria e construção civil
Apesar de norma publicada há um ano pelo Ministério do Trabalho regulamentar a atividade, estima-se que só 5% das empresas a cumpram
Navios, plataformas de petróleo, prédios, indústrias e outdoors – todas essas estruturas têm em comum a necessidade de construção, manutenção ou operação nas alturas. Para isso, o alpinista industrial é o profissional indispensável. A atividade foi regulamentada em abril de 2014 – por meio de um anexo à NR-35, que dispõe sobre o acesso por corda -, mas ainda é realizada de forma informal em muitos setores.
O acesso por corda consiste em subir, descer, movimentar cargas, maquinários e criar vias de acesso para inspeções e todo trabalho externo feito em alturas superiores a dois metros. Parece com o alpinismo de aventura, mas com preocupações de segurança maiores. “Trabalhamos com equipamentos reserva de segurança, assim como dispositivos autoblocantes, trava quedas e técnicas apuradas de movimentações, já que os ambientes são perigosos, com superfícies cortantes ou muito quentes”, explica Abraão Salvado, gerente do curso de acesso por corda da Invista Profissional (www.cursoinvista.com.br).
A escola é auditada e aprovada tanto para oferecer treinamento para a atividade quanto para realizar o exame no Brasil, de acordo com a Abendi (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção), que regulamenta a área. Em cursos de uma semana, é possível formar-se no Nível 1 de acesso por corda – são três níveis de segurança no total, com remunerações médias que vão de R$ 2.800 a R$ 18.000.
Não é só uma questão de segurança, no entanto. Profissionais especializados em acesso por corda têm desempenho otimizado em diversas atividades. Eles rendem até três vezes mais se comparados ao trabalho realizado com andaimes em áreas como pintura industrial, solda, caldeiraria, manutenção de maquinário e de navios acima da lâmina d’água, etc.
“As fornecedoras da Petrobras, por exemplo, só trabalham com alpinistas industriais certificados”, conta Salvado. Ainda assim, o gerente da Invista estima que no Rio de Janeiro apenas 5% das empresas de construção civil, instalação de banners e escoramento de encostas sigam a nova norma.“Além de estarem suscetíveis a multas da fiscalização, que tem sido cada vez mais intensa, elas colocam em risco seus profissionais, despreparados para a função”, afirma.
Com turmas semanais, as aulas do curso de acesso por corda ocorrem de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. No sábado, os alunos passam por uma avaliação no mesmo local onde estudaram. A certificação de Nível 1 custa R$ 1.550. Matrículas podem ser feitas pelo site da escola, que recebe alunos de todo o Brasil e oferece alojamento próprio.
Sobre a Invista Profissional
Escola de formação profissionalizante com cursos nas áreas administrativa, educacional, metalúrgica e industrial. A Invista Profissional foi criada há 17 anos com o objetivo de formar profissionais que atendam às demandas específicas do mercado. Hoje, forma 1.500 alunos por ano nas três unidades espalhadas pelo Rio de Janeiro, em Bonsucesso, Campo Grande e Madureira. www.cursoinvista.com.br. Telefone: (21) 2573-9310 / 3217-5189.