Novo app de transportes não cobra comissão de condutores e dá oportunidade de renda extra
Criada em Recife, Paymoob cobra apenas uma mensalidade dos donos de carros, motos, vans e pick-ups que utilizam a plataforma
Depois da revolução no transporte urbano feita por empresas de transporte compartilhado, uma nova iniciativa brasileira quer melhorar esse mercado para a ponta mais fraca da transação: os condutores. Lançada em março, a Paymoob (www.paymoob.com) oferece cobrança simplificada, com uma mensalidade fixa de R$ 100 no lugar de comissões sobre cada viagem, além de benefícios extras como a possibilidade de usar os carros e motos para fazer propaganda – e ganhar com isso.
A ideia surgiu a partir da percepção de que, após o boom inicial, muitos motoristas sofrem para conseguir ganhos significativos, além das exigências sobre a qualidade dos carros excluírem muitos interessados. "Acreditamos que não importa a marca ou ano do automóvel que você tenha. Se você quer trabalhar e o veículo está em boas condições, vamos encontrar um uso para ele", diz Ed Pereira, diretor de tecnologia da empresa.
Claro, há limitações no que diz respeito ao transporte de passageiros, mas Pereira cita o transporte de documentos ou peças, por exemplo, que poderia ser feito de maneira eficiente por veículos com mais quilometragem, assim como motos ou bikes. Com atuação descentralizada e alcance em cidades pequenas do interior do Brasil, essa política atende a especificidades locais e supre uma demanda represada por este tipo de serviço.
Outra vantagem é que os condutores dispostos a adesivar o vidro traseiro dos seus carros com propagandas podem se isentar da mensalidade pelo uso do aplicativo – dependendo do caso, há, inclusive, a possibilidade de receber comissão por isso. "Fica a cargo deles fazer propagandas. Os que não se interessam, não têm nenhum tipo de prejuízo", ressalta Tiago Santos, diretor de franquias da empresa.
Para completar, a Paymoob oferece ainda a possibilidade de negociação do preço final das corridas – caso o passageiro tenha um pouco menos do que o valor sugerido, ou deseje transportar um objeto de grandes dimensões e esteja disposto a pagar mais por isso. Por sua vez, o pagamento pode ser feito por dinheiro, cartão de crédito, débito e Moobcoin, uma moeda digital da empresa que funciona como espécie de crédito pré-pago. Hoje, R$ 100 compram 150 Moobcoins.
Renda diversificada
Para homologar os veículos utilizados no app, os condutores precisam ir até uma das franquias da Paymoob – atualmente, são cinco espalhadas pelo Nordeste e Sudeste. As unidades da empresa demonstram um pouco da diversidade da atuação: são responsáveis pela aplicação e venda dos anúncios utilizados em veículos, além de outros serviços de publicidade. "Para tornar o tempo com o passageiro ainda mais proveitoso, o condutor pode atuar como um promotor de vendas desses produtos e receber comissão por isso", explica Santos.
Lançado em 15 de março para iOS e Android, o aplicativo da Paymoob já tem 2.500 veículos cadastrados em cidades como Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza e Atibaia, entre outras. A expectativa da empresa é que esse número chegue a 100 mil até o final do ano, além de contar com uma franquia em cada uma das capitais dos estados brasileiros.
Sobre a Paymoob
Agência de publicidade e aceleradora de startups. Desenvolveu dezenas de aplicativos, entre eles seu próprio app de mobilidade urbana e logística. Por meio de aplicativo, a Paymoob liga condutores cadastrados a passageiros, pessoas e empresas que demandam auxílio no transporte de documentos, produtos e outras cargas. Para maximizar os ganhos, a empresa também oferece mediar o uso de propagandas nos carros e motos utilizados no serviço. www.paymoob.com.