Os grandes estão cada vez maiores no e-commerce
O crescimento acelerado do e-commerce brasileiro a taxas próximas de 30% anuais, ante um crescimento de 2,5% do PIB, comprova que a internet cria mais oportunidades do que a economia tradicional. Novos players entram na disputa por um faturamento que atingirá R$ 28 bilhões em 2013. No entanto, a maior parte desse valor será capturada […]
O crescimento acelerado do e-commerce brasileiro a taxas próximas de 30% anuais, ante um crescimento de 2,5% do PIB, comprova que a internet cria mais oportunidades do que a economia tradicional. Novos players entram na disputa por um faturamento que atingirá R$ 28 bilhões em 2013. No entanto, a maior parte desse valor será capturada por varejistas de grande porte.
A B2W – detentora de marcas como Submarino e Americanas.com – e a Nova Pontocom, empresa do Grupo Pão de Açúcar, abocanharam conjuntamente R$ 9,1 bilhões, ou seja, 40,4% de todo a receita on-line no Brasil. O balanço do terceiro trimestre de 2013 da Nova Pontocom apontou um aumento de 43,9% em relação ao ano anterior, uma taxa que, se mantida para os próximos meses, pode fazer com que esta empresa cresça mais que todo o varejo digital brasileiro neste ano.
Porém, o crescimento dos maiores players deve ser analisado com cuidado, pois não é parâmetro para todos os lojistas. O primeiro motivo é que empresas de grande porte têm poder de investimento, sem a perspectiva de retorno imediato, mas sim visando o longo prazo. Lojistas menores precisam de capital para manter suas operações e não podem adotar estratégias tão agressivas, em termos de preço, tal qual a Nova Pontocom fez no terceiro trimestre deste ano, segundo comunicado da própria empresa.
Em minha opinião, os grandes varejistas estão procurando conquistar cada vez mais clientes em vez de obter lucro imediato. Marca forte e ampla carteira de clientes são os dois principais ingredientes para uma operação de e-commerce de sucesso e rentabilidade. A Amazon, maior loja virtual do mundo, é referência no setor: contabilizou prejuízo durante vários anos enquanto consolidava o seu alcance. E é este o caminho que inspira as empresas locais.
A receita para o sucesso no e-commerce brasileiro está dada: uma boa marca aliada a uma extensa carteira de clientes. Este segredo, aliás, é o mesmo para uma rede de lojas físicas, o que mostra que o mundo on-line talvez não seja tão diferente do offline quanto pensam alguns.
Sobre o autor:
Diego Ivo é diretor da Conversion (www.conversion.com.br) empresa especialista em otimização de sites para mecanismos de busca.