Sangue: conheça o caminho do doador até o paciente
Doações são requisitadas no final do ano; conheça as etapas antes de uma transfusão
Existem mais coisas entre o momento da doação e da transfusão de sangue do que imagina nossa vã filosofia. Nessa época do ano, em que doações são muito requisitadas, Carlos Henrique Maciel, presidente do Hemoservice (www.hemoservice.com.br) – um dos principais Serviços de Hemoterapia (banco de sangue) privado do estado de Minas Gerais -, explica o passo-a-passo desse trajeto.
O doador chega com hora marcada, é cadastrado e passa pela pré-triagem, que tem como objetivo garantir que ele tenha condições de fazer a doação, inclusive para sua própria proteção. Verifica-se peso, temperatura, pressão arterial e se ele apresenta anemia. Se nenhum problema for identificado, é feita a triagem clínica, com uma entrevista sigilosa sobre aspectos da vida pessoal de quem deseja doar. “É claro que o sangue vai passar por diversos e rigorosos exames mas, ainda assim, para evitar ao máximo qualquer tipo de contaminação, esta etapa é essencial no processo da doação”, afirma Maciel. Depois disso, é feita a coleta.
Como a doação é anônima, a partir desse momento a bolsa de sangue não é identificada nominalmente, mas por um código de barras. O material passa pelo fracionamento, onde é dividido em concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma e crioprecipitado (que é obtido a partir do plasma congelado). Cada um desses hemocomponentes é utilizado no tratamento de demandas especificas dos pacientes.
Paralelamente, uma pequena amostra de sangue coletada no momento da doação é usada para determinar o tipo sanguíneo e outra para a realização de uma série de exames para detecção de doenças contagiosas pelo sangue, como hepatites e HIV, etapa conhecida como triagem sorológica. Se todos os resultados determinarem que o material pode ser utilizado com segurança, ele é distribuído para as sete Agências Transfusionais intra-hospitalares do Hemoservice, que encaminham os hemocomponentes para os hospitais e clínicas conveniados, na região metropolitana de BH.
No momento em que uma transfusão vai ser realizada, são feitos testes para verificar se o sangue a ser recebido é compatível e não vai provocar nenhum tipo de reação no paciente, ainda que os tipos sanguíneos já tenham sido verificados. O procedimento é acompanhado de perto e interrompido caso o receptor apresente algum sintoma como febre ou vermelhidão na pele. “Não é comum haver uma reação transfusional, uma vez feitos todos os testes e tomadas as precauções devidas. Somos rigorosos no controle da qualidade e segurança, pois com uma vida não se brinca”, discorre o presidente do Hemoservice, instituição que atua no segmento há quase 40 anos.
Sobre o Hemoservice
Núcleo de Hemoterapia que oferece serviço especializado para mais de 20 hospitais e clínicas da região metropolitana de Belo Horizonte. É um dos principais bancos de sangue privados do estado de Minas Gerais, com cerca de 24.000 bolsas de sangue disponibilizadas para transfusões anualmente. Em atividade desde 1976, atende os candidatos a doações com hora previamente marcada. www.hemoservice.com.br. Tel.: (31) 3218-1300.